terça-feira, 27 de setembro de 2011


O movimento que transforma 

Talvez seja por conta dos textos que eu tenho lido ultimamente, mas o fato é que tenho me colocado a pensar sobre este momento tão especial quando nos encontramos com a leitura e, por que não, também com a escrita. O quanto é terapêutico, para mim, esses processos e as capacidades que eles têm de pôr para refletir, organizar e transformar. Tudo passa a ter mais sentido, saltam-se mais as cores, quando vivenciados desta forma. Só assim coloco ordem em meus sentimentos, observo melhor as minhas atitudes e posso responder à vida de forma mais clara. 

Escrever me leva para dentro e ler me faz emergir e relacionar com o que vai fora. Mas em ambos os casos, quando termino, não sou mais a mesma. Sinto-me viva, indo no curso deste movimento. Já dizia Pietro Ubaldi: "Ser jamais significa estase, mas eterna transformação"

Contudo o mais importante, talvez, seja o movimento em si desta relação que se faz com o que se lê ou se escreve e não com o que está escrito realmente. Este, quase imperceptível, devir, quando nos encontramos com o 'eu' que, atento, observa a transformação. É o mergulhar no instante em que se vive. É terapêutico, justamente, por isso, por nos manter ali no limiar entre a realidade e a ilusão da vida, sentindo o fluxo, estando presentes. 


4 comentários:

  1. Primeiramente estou muito feliz em fazer parte deste blog, não só como escritora, como também como leitora. Encantada como leitora a cada texto que é postado aqui. Realmente, escrever é algo terapêutico. Por que não dizer que cura? Escrever muitas vezes é o remédio necessário para um desabafo. É uma forma de se abrir inteiramente e expor os detalhes que a vida lhe traz (de presente ou não). Mui belo suas palavras, Sabrina. Cresça, inspire e viva palavras. É disso que nós, escritores, precisamos. É necessidade!

    Um beijo no coração.
    Nati.

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  2. Ler é alimento pra nossa alma. Beijos, flor :*

    http://www.adocecomlimao.com/

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  3. nas estantes
    os livros
    são almas fechadas,
    que quando
    abertas,
    misturam-se
    com a nossa,
    fazendo querermos
    sempre saber
    das almas
    que todas as coisas
    levam
    guardadas.




    flores.

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